A astrologia pode não ser uma ciência, mas com certeza é uma arte e uma linguagem milenares que cativa a mente e o coração das pessoas. Mesmo entre aqueles que não acreditam, todos sabem, pelo menos, qual é o seu signo solar. O que muitos sequer desconfiam é que não existe apenas uma astrologia. Existem várias formas de se interpretar a mecânica celeste, cada qual com as suas especificidades.
A astrologia ocidental se desenvolveu ao longo dos séculos passando por uma jornada que vai desde os antigos babilônios até os renascentistas e se estende aos dias de hoje, dividida principalmente em duas: a tradicional e a moderna. Enquanto a astrologia tradicional se concentra em manter os ensinamentos mais puros dessa época, focando suas interpretações em situações e acontecimentos que são intrínsecos ao ser humano, a astrologia moderna, vertente que surgiu a partir dela em meados do século XIX e XV, se popularizou falando sobre o indivíduo e a sua personalidade.
“Apesar de todas as vertentes da astrologia considerarem o livre arbítrio, a astrologia moderna entende que o mapa serve como bússola para que a gente possa sempre melhorar. Não fazemos um mapa para ver apenas o que pode acontecer na nossa vida, como nossa vida pode ser, como acontece muitas vezes na astrologia tradicional. Fazemos um mapa para entender quem nós somos no mundo e como podemos ser melhores como seres humanos”, explica Gabu Camacho, astrólogo que usa da abordagem moderna e conquistou o coração de mais de 400 mil pessoas no TikTok.
Enquanto isso, o oriente desenvolveu suas próprias técnicas para ler as estrelas, sendo a principal delas, a astrologia védica. Baseada nos Vedas antigos, essa técnica enfatiza a conexão entre os movimentos celestiais em uma ótica sideral e acontecimentos na vida. Enquanto na astrologia ocidental os planetas são interpretados a partir da visão que se tem deles da Terra, que depende de perspectiva, na oriental, eles são interpretados pela sua posição no universo, considerando estrelas fixas para o cálculo.
Com traços da cultura indiana, a astrologia védica tem conceitos baseados no karma e no dharma de cada indivíduo, considerando que sim, todos podem ter livre arbítrio, mas que alguns caminhos já estão predestinados e, caso a pessoa fuja um pouco deles, a vida se encarrega de colocar de volta. O mapa védico vai focar em previsões vistas de uma forma micro, enquanto os mapas modernos podem focar mais em autoconhecimento e evolução.
“É importante ressaltar que não tem uma abordagem certa ou errada da astrologia e nenhuma é superior a outra. São formas diferentes de estabelecer as comparações entre o céu e o ser e uma pessoa pode se beneficiar de todos esses saberes, a depender de como gosta de levar a vida e do que faz mais sentido para cada um”, finaliza Gabu.
Para quem deseja se consultar com um astrólogo de confiança, independente da abordagem, alguns pontos devem ser observados como: experiência e conhecimento astrológico, recomendação de outros clientes, comunicação, empatia e acolhimento, transparência, além da intuição pessoal do consulente, que não deve ser ignorada.
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